domingo, 29 de julho de 2012

PAÍS NÃO ESTAVA PREPARADO PARA GRANDE VOLUME DE OBRAS, DIZ MINISTRA

O Brasil sofre com o problema da falta de eficiência, fazendo com que todos os projetos ou ações realizadas dentro do País acabem se tornando tarefas hercúleas e, muitas vezes, inviáveis. O chamado custo Brasil está presente na alta carga tributária, na ineficiência dos serviços públicos, na instabilidade nas relações jurídicas por conta da insegurança provocada por nosso Poder Judiciário, na corrupção e, conforme informa a Ministra Miriam Belchior, na falta de preparo para o crescimento, influenciando na árdua tarefa de empreender aqui no País.

O maior investimento que o Brasil poderá fazer é, sem sobra de dúvidas, na educação, na qualificação dos profissionais brasileiros e na geração de oportunidade para estes possam atuar naquilo para o que se prepararam. Outras medidas também urgem para que tenhamos efeitos futuros importantes, como a melhor gestão dos recursos públicos e um melhor equilíbrio da carga tributária sobre a atividade produtiva.

As promessas acerca do PAC e dos projetos que o Governo ainda pretende cumprir na gestão de Dilma são expectativas que somente os mais otimistas podem acreditar, pois uma pitada de realidade já é o suficiente para esfriar os ânimos. Eis uma triste constatação.

Nem tudo está perdido, sempre há uma solução, desde que comecemos a encarar estes desafios como uma mudança de paradigma, que nos leve a novos comportamentos e que tenhamos a coragem de fazer o que deve ser feito.

Gostaria de ter todas as resposta e soluções, mas tal pretensão não me ocorre, por isso, torço para que cada personagem desta história de desafios tenha a consciência que o momento nos impõe, saber que a hora é de praticar medidas eficientes.
REPORTAGEM DO VALOR ECONÔMICO

A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, disse que o Brasil não estava preparado para lidar com o grande volume de obras de infraestrutura gerado pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). “Nosso país não estava preparado para fazer esse porte de investimentos. É um problema de estruturação”, disse Miriam, ao responder sobre os problemas com projetos de engenharia que contaminam boa parte das obras tocadas pela União. “Um monte de engenheiro tinha ido para o mercado financeiro ou tinha virado dono de pet shop. Isso está mudando. É um primeiro movimento”, disse a ministra.

O segundo movimento, disse Miriam, é a extensão do Regime Diferenciado de Contratação (RDC) para as obras do PAC. Até então o regime estava limitado a projetos ligados à Copa de 2014. Pelo RDC, a empresa contratada assume a responsabilidade pelo projeto executivo de engenharia da obra.

Apesar das dificuldades em tocar as obras, o governo ainda trabalha com a meta de elevar a taxa de investimento de infraestrutura do país dos atuais 19% do PIB para 24% até 2014. “Estamos trabalhando para ampliar a participação do investimento no conjunto do PIB. Nossa mira é aumentar nosso percentual, a taxa de investimento do país, para chegar a 24% do PIB até 2014, conforme meta estabelecida em 2010”, afirmou a ministra, durante divulgação do balanço do PAC, nesta quinta-feira. “O avanço do PAC tem sustentado nos últimos seis anos o nosso crescimento, mas é preciso lembrar que o investimento público não é o único motor da economia brasileira”, disse, lembrando que também espera uma reação do setor privado.

Comentário de Ricardo Preis, advogado-sócio da SPCB Negócios Jurídicos

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