terça-feira, 21 de junho de 2011

NOMURA AMENIZA RISCO DE BOLHA DE CRÉDITO NO BRASIL

Concordando com a percepção da Moody’s, a equipe de análise do banco japonês Nomura vê como improvável uma ameaça de bolha de crédito no Brasil, ao estilo da ocorrida em outros países.

Ao elevar a nota da dívida soberana do Brasil, de Baa3 para Baa2, com perspectiva positiva, a Moody's enfatizou a crescente preocupação sobre uma bolha no Brasil como o principal risco para o país no futuro. A agência de classificação de risco, porém, acredita que o governo tem tomado medidas efetivas para esfriar a economia.

Além disso, destacou que o alto nível de capitalização dos bancos brasileiros e a relativamente baixa penetração do crédito no Produto Interno Bruto (PIB) fazem com que qualquer "abalo sistêmico no crédito", se ocorrer, seja "consideravelmente pequeno".

A relação de crédito e PIB do Brasil em abril era de 46,6%.

"A estrutura do mercado de crédito brasileiro faz com que o recente tipo de bolha de crédito ocorrida em outros países seja muito improvável", relata relatório do Nomura assinado pelo analista Tony Volpon, chefe de pesquisa de mercados emergentes para as Américas do banco.

Volpon aponta que a recente retração em novas concessões de financiamento e o aumento da inadimplência são sinais de que o sistema bancário está reduzindo o ritmo de avanço no crédito. Um reflexo do cenário de menor crescimento e aumento da taxa básica de juro.

Quanto à Selic, a expectativa é que o Banco Central interrompa o ciclo de alta na próxima reunião em julho, com a taxa em 12,50% até o final do ano que vem.

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