sábado, 31 de março de 2012

RELATÓRIO DE INFLAÇÃO AMPLIA RISCO DE ALTA DA SELIC EM 2013

O Relatório de Inflação do Banco Central ampliou o risco de haver um aperto monetário em 2013 e, dessa forma, deve pressionar os contratos de juros futuros de médio prazo, especialmente com vencimento entre janeiro de 2014 e janeiro de 2015.

Segundo operadores, esses contratos já indicavam a aposta de que a Selic poderia voltar a subir e encerrar o próximo ano em 10%. Agora, dizem, com as novas projeções de inflação apresentadas pelo BC, essa projeção pode subir e, talvez, superar 10,50%.

O Relatório de Inflação mostrou que a projeção para o IPCA em 2012 recuou de 4,7% para 4,4%. Mas, para 2013, subiu de 4,7% para 5,2%. A percepção é de que, caso haja algum erro na previsão deste ano e a inflação vá além dos 4,4%, então o IPCA também avançará em 2013, impondo um aperto monetário mais intenso do que se esperava. “O Relatório de Inflação vai fazer o mercado querer mais prêmio nos vértices entre 2014 e 2015”, define um profissional.

Essa questão acaba limitando o efeito do ambiente externo sobre os juros futuros na manhã desta quinta-feira. No exterior, o conjunto de indicadores econômicos divulgados reforçou a preocupação com o desempenho da economia global, o que, teoricamente, justificaria a queda dos juros futuros de longo prazo.

No texto do relatório de hoje, o BC também demonstra cautela com as condições da crise internacional. Mas indica que a economia doméstica dá sinais de vigor, destacando o desempenho forte do mercado de trabalho e os estímulos do crédito.

Na BM&F, às 9h50, DI janeiro/2013 projetava taxa de 8,91% ao ano, ante 8,90% no fechamento de ontem; DI janeiro/2014 tinha taxa de 9,52%, de 9,49% ontem.

(Fonte: Valor Econômico, extraído de Associação Paulista de Estudos Tributários)

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