segunda-feira, 14 de março de 2011

SETOR DE FRANQUIAS CRESCE MAIS DE 20% EM 2010 NO BRASIL

O setor de franquias do Brasil encerrou 2010 com crescimento de 20,4% na comparação com 2009. O número superou as estimativas iniciais da ABF (Associação Brasileira de Franchising) que projetava crescimento entre 14% e 19%. O dado é resultado de estudo realizado pela associação, que ouviu 1.855 marcas de franquias atuantes no país.

O faturamento total das franquias chegou à marca de R$ 75,987 bilhões no País em 2010, enquanto o número de redes em operação aumentou 12,9%. O total de unidades (entre franqueadas e próprias) chegou a 86.365, o que significa incremento de 8% em relação ao ano anterior.

Essa expansão possibilitou a abertura de 57 mil novos postos de trabalho no ano passado. O setor de franquias é hoje responsável por mais de 777 mil empregos diretos em todo o Brasil e projeta a abertura de outros 62 mil empregos diretos para este ano.

A previsão da associação é que a tendência de crescimento verificada na pesquisa continue. Para 2011, o setor aposta em crescimento de 15% no faturamento e de 8% no número de franquias.

Segundo o diretor executivo da ABF, Ricardo Camargo, o desempenho deve ser comemorado pelo setor.“Continuamos crescendo na casa dos dois dígitos ao ano. O aumento no número de redes e a expansão das marcas já existentes demonstram o grande potencial do setor”, afirma.

Entre as razões para o crescimento, estão o aquecimento da economia brasileira, a oferta de crédito e o aumento do poder de compra da população. O surgimento e rápida expansão das microfranquias e o ingresso dos bancos de investimento no setor também estimularam o percentual de aumento.

Aumento

Apenas em 2010 surgiram 212 novas redes de franquia no mercado. Por trás desse número estão indústrias, que cada vez mais buscam operações de varejo, times de futebol, que apostam nesse nicho de mercado, e inovações, como as casas de frozen yogurt (só no ano passado foram 14 novas redes com essa especialidade).

Apesar dos dados positivos, o número de unidades teve crescimento inferior ao previsto pela ABF. Segundo a Associação, a consolidação de alguns segmentos e o alto custo imobiliário influenciaram esse indicador. “Os grandes centros e principalmente as localidades sede dos eventos esportivos programados para o Brasil apresentaram aumento significativo no custo dos imóveis e das locações, o que inibe a abertura de novos pontos comerciais”, explica Camargo.

A expansão de franquias para o exterior continua apresentando bons indicadores. Atualmente, são 68 redes brasileiras atuando no exterior. Elas estão presentes em 49 países, em todos os continentes, o que representa 4% do total das marcas nacionais. Dentro do Brasil, apenas 7% das redes são estrangeiras.

Setor

O segmento que apresentou maior crescimento no faturamento foi o de alimentação (39,9%), seguido por acessórios pessoais e calçados (29,9%), vestuário (29%), móveis, decoração e presentes (27,4%) e esporte, saúde, beleza e lazer (20,%). A explicação, segundo a ABF, para que esses setores apresentem melhor desempenho é que eles estão ligados ao aumento do poder de compra e à melhoria das condições de qualidade de vida da população.

Até o ano passado, o segmento de acessórios pessoais e calçados ocupava o primeiro lugar em crescimento de faturamento. Alguns destaques apresentados pela ABF em 2010 são o aumento do número de redes no segmento de alimentação (79 a mais que em 2009) e o número de unidades no setor de acessórios pessoais e calçados, que passou de 3.302 para 4.178.

Estados

São Paulo tem a maior parte do número de unidades franqueadas do país (37,6%), seguido por Rio de Janeiro (12,2%) e Minas Gerais (7,7%). Paraná (6,1%), Rio Grande do Sul (5%) e Bahia (3,9%) seguem a lista, que ainda conta com Santa Catarina (3,9%), Distrito Federal (2,8%), Pernambuco (2,7%), Goiás (2,6%), Ceará (2%) e Espírito Santo (1,7%), além de outros estados (11%).

Já entre as sedes das marcas, São Paulo tem uma participação ainda maior (56,9%), também seguido do Rio de Janeiro (13,4%), Paraná (6,8%) e Minas Gerais (4,6%). Depois, vêm os estados de Santa Catarina (4%), Rio Grande do Sul (3,6%) e Pernambuco (2,2%).

(Fonte: InfoMoney)

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