Emissões de títulos do Tesouro Direto somaram R$ 274,22 milhões, terceiro melhor resultado desde a série histórica em 2002.
O estoque da Dívida Pública Federal (DPF) apresentou crescimento de 2,34% em abril em comparação com o mês de março. O valor passou de R$ 1,695 trilhão para R$ 1,734 trilhão. As emissões da DPF foram de R$ 52,7 bilhões e os resgates de, aproximadamente, R$ 27,4 bilhões, o que resulta numa emissão líquida de R$ 25,32 bilhões.
Do total de emissões da DPF, R$ 47,8 bilhões correspondem a títulos públicos. Segundo o coordenador-geral de Operações da Dívida, Fernando Garrido, esse percentual é resultado do número maior de semanas do mês de abril e das melhores condições de mercado no período. “Nós tivemos cinco leilões neste mês e observamos queda nas taxas dos títulos prefixados e elevado volume de demanda”, disse.
Já na Dívida Pública Mobiliária interna (DPMFi), as emissões de títulos alcançaram R$ 52,7 bilhões, sendo R$ 33,6 bilhões (63,75%) em títulos com remuneração prefixada, R$ 13,92 bilhões (26,38%) em títulos remunerados por índices de preços e R$ 5,19 bilhões (9,83%) em títulos indexados à taxa flutuante. O total de resgates da DPMFi foi de R$ 26,79 bilhões, sendo R$ 22,51 bilhões referentes ao vencimentos do mês, dos quais R$ 20,60 bilhões relativos à LTN.
Das emissões da DPMFi, R$ 47,8 bilhões foram emitidos nos leilões tradicionais, R$ 2,51 nos leilões de troca e R$ 2,40 bilhões relativos às emissões diretas e às vendas de títulos do Programa Tesouro Direto. Garrido lembrou que no mês de abril não houve emissões ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A última emissão foi realizada no mês de março, no âmbito da MP 505, convertida na Lei 12.397 de 23/03/2011.
Composição – A parcela de títulos com remuneração prefixada da DPF aumentou de 34,56% em março para 34,81% em abril e os títulos indexados a índices de preços passou de 28,33% para 28,54%. Já os títulos remunerados pela taxa flutuante (LFTs) tiveram redução de 32,34% para 32,13%.
Como demonstra o relatório, o percentual de prefixados ainda não está dentro das bandas do Programa Anual de Financiamento - PAF (mínimo de 36% e máximo de 40%). “A previsão é de que até dezembro nós consigamos atingir esses limites estipulados devido à evolução do mercado e dos leilões realizados até abril”, explicou.
Detentores – O percentual de participação de não-residentes na DPFMi apresentou pequena diminuição, passando de 1,38% em março para 11,29% em abril. O volume, porém, apresentou crescimento. Em março, os recursos somavam R$ 183,31 bilhões e em abril R$ 186,60 bilhões.
Perfil e Custo – Os vencimentos da DPF para os próximos 12 meses apresentaram redução, passando de 23,98% em março para 23,2% em abril. O custo médio acumulado nos últimos 12 meses aumentou 0,09 p.p., passando de 11,80% a.a. em março para 11,89% a.a. em abril. Já o custo médio da DPMFi apresentou elevação de 12,15% a.a. em março para 12,24% a.a. em abril.
Tesouro Direto – As emissões do programa em abril atingiram R$ 274,22 milhões, o terceiro melhor resultado desde a série histórica em 2002. Janeiro de 2011 apresentou o melhor resultado, alcançado emissões de R$ 360 milhões. Em relação ao número de investidores, o programa acumulou 235.906 participantes, sendo 4.909 cadastrados em abril.
(Fonte: Ministério da Fazenda)
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