O desempenho da indústria gaúcha de máquinas e equipamentos deve ficar estagnado em 2012 no Rio Grande do Sul. A projeção foi feita pelo vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas em entrevista neste domingo ao Destaque Empresarial, na Rádio Gaúcha. Justificando a previsão, Hernane Cauduro elenca pressões negativas e positivas sobre o setor.
A intensificação das barreiras da Argentina à importação devem tornar a exportação para o País impraticável. Não há tendência de reversão dessas medidas protecionistas, que pioraram no último mês. Atingem em cheio o Rio Grande do Sul, pois Cauduro lembra que o Estado é o segundo maior polo de fabricação de máquinas e equipamentos do Brasil. Para driblar a situação, as empresas transferem produção para o país vizinho.
- A AGCO, de Canoas, teve uma redução de 90% das exportações de máquinas e tratores para a Argentina, um grande mercado deles. Pensam seriamente em montar e produzir lá. A Randon está aumentando a produção lá. A John Deere também. A Stara está montando uma planta na Argentina para fabricar implementos.
O vice-presidente também rebateu números que têm sido apresentados pelo Ministério da Fazenda. Argumenta que eles desconsideram os fabricantes que deixam de produzir para tornarem-se comerciantes.
- Dispensam grande parte dos empregados, importam os equipamentos, pintam aqui e colocam suas placas e depois vendem. Têm ganhos ainda maiores e o faturamento do setor fica apontando alta.
De positivo, Hernane Cauduro afirma que as indústrias estão se preparando para fornecer para grandes investimentos no Rio Grande do Sul. Entre eles, a fábrica de elevadores da Hyundai, a ampliação da Celulose Riograndense e as novas linhas de produção da Stihl. Aliás, no dia 19 de março, a Abimaq/RS realiza uma reunião com associados, quando a Stihl vai apresentar detalhes do investimento de quase R$ 600 milhões em São Leopoldo.
(Fonte: ClicRBS)
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